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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Aumentam os casos de Hepatites B e C....

Casos de hepatite dobram na cidade em quatro anos
  • 7 de dezembro de 2011 |
FELIPE ODA
O número de casos de hepatites B e C identificados na capital praticamente dobrou em quatro anos. Dados consolidados do Ministério da Saúde sobre a evolução da doença, divulgados ontem, apontam crescimento de 133% nas infecções do tipo C e de 98% para o tipo B, de 2006 a 2009. Os números compõem os Indicadores e Dados Básicos de Saúde (IDB-2010), relatório antecipado pelo JT na semana passada.
Juntas, as hepatites respondem por metade das indicações para transplante de fígado em São Paulo, segundo dados da pasta estadual da Saúde. Essa proporção vale também para o País. No caso da hepatite C, transmitida por meio de sangue contaminado, o perigo é ainda maior: 80% dos casos evoluem para a fase crônica – os sintomas costumam aparecer anos ou décadas após o contágio, quando a doença já está em estágio avançado.
É justamente o tipo C que predomina na cidade. Em 2006 foram registradas 902 ocorrências na cidade, número que chegou a 2.106 em 2009.
Os número do IDB 2010 indicam que a hepatite C é mais comum em homens na cidade. Mas, para o médico Mário Guimarães Pessoa, vice-presidente da SBH e profissional do Núcleo de Fígado do Hospital Sírio-Libanês, o total de casos pode ser ainda maior porque haveria subnotificação entre as mulheres. “Elas não estão sendo diagnosticadas.”
Homens são maioria entre os doadores e receptores de bancos de sangue, segundo os especialistas. Por isso, acabam sendo mais submetidos aos exames de detecção de hepatite. “E a sorologia para detecção da hepatite C é relativamente nova. Foi introduzida na década de 1990”, diz o infectologista Marcos Antonio Cyrillo, diretor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI).
Isso explica, por exemplo, por que a doença, ao contrário da hepatite B (de contágio sexual) não predomina entre os mais jovens. De 2006 a 2009, a maioria (52,5%) dos paulistanos infectados descobriu a hepatite C entre 40 e 59 anos. Foi assim com Sueli Margarido, de 61 anos, diagnosticada aos 40.
“Precisei de bolsa de sangue após o parto da minha primeira filha. Descobri a doença anos depois, ao doar sangue”, conta ela, que teve de passar por transplante de fígado. “Provavelmente, esse grupo, mais velho, recebeu transfusões sem triagem ou compartilhou materiais perfurocortantes”, analisa Pessoa.
Antes da década de 1990, diz Cyrillo, não existia “controle de qualidade” nas transfusões sanguíneas. Ainda hoje há falhas. O Ministério da Saúde, contudo, afirmou ontem à reportagem que, em março, o País terá mudanças na aplicação do teste de sangue NAT, mais eficaz na detecção do vírus da hepatite.
No caso da hepatite B, o aumento de identificação dos casos está ligado ao comportamento. Os mais jovens, que já perderam o medo da aids, abandoram o uso de preservativos, abrindo a porta para outras doenças. “A transmissão ocorre sobretudo em relações sexuais sem camisinha. Tanto é que a hepatite B é considerada uma DST (doença sexualmente transmissível)”, frisa Pessoa.
Paulistanos de 20 a 39 anos, em plena atividade sexual, representaram, de 2006 a 2009, metade (49%) dos casos de hepatite B. “É um grupo que, talvez, não tenha tido acesso à vacinação”, diz a hepatologista Claudia Oliveira, da Faculdade de Medicina da USP. A vacina contra a doença foi adotada no calendário nacional só em 1989. A pasta da Saúde informou à reportagem que a faixa etária que poderá recebê-la será ampliada em 2012, atingindo pessoas de até 29 anos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Reforçando !!!!! A importancia da Notificação....

Notificação

Atualmente, é obrigatória a notificação de doenças, agravos e eventos de saúde pública constantes da Portaria nº 104, de 25 de janeiro de 2011, do Ministério da Saúde.

A notificação compulsória consiste na comunicação da ocorrência de casos individuais, agregados de casos ou surtos, suspeitos ou confirmados, do rol de agravos relacionados na Portaria, que deve ser feita às autoridades sanitárias por profissionais de saúde ou qualquer cidadão, visando à adoção das medidas de controle pertinentes. Além disso, alguns eventos ambientais e doença ou morte de determinados animais também se tornaram de notificação obrigatória.

De acordo com a Portaria nº 104, o Anexo II trata da Lista de Notificação Compulsória Imediata – LNCI, cujos eventos devem ser informados às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde (SES e SMS) em, no máximo, 24 (vinte e quatro) horas a partir da suspeita inicial.

A notificação imediata no Estado de São Paulo deverá ser feita por um dos seguintes meios de comunicação:

• Telefone 0800-555466, com funcionamento em tempo
integral;

• E-mail: notifica@saude.sp.gov.br;

• Formulários para notificações diversas, disponíveis no link
“Notificação ON-LINE” da página do CVE:
http://www.cve.saude.sp.gov.br

Nessa página, estão disponíveis formulários específicos para a notificação das seguintes situações:

Notificação Individual
Surtos ou Agregado de Casos
Eventos Ambientais
Doença ou Morte em Animais
Surtos de Infecção Hospitalar


sábado, 3 de dezembro de 2011

ATENÇÃO!!!

Surto de sarampo nos países europeus pode afetar o Brasil


Europa registrou 26 mil casos neste ano; campanhas de vacinação devem atingir adultos e adolescentes, já que 70% dos infectados têm mais de 10 anos


02 de dezembro de 2011 | 19h 37

Efe

Desde o início do ano, a Europa registrou 26 mil casos de sarampo em 36 países - 83% na Europa Ocidental, onde foram reportadas nove mortes e mais de sete mil internações, informou a Organização Mundial da Saúde (OMS). Além disso, a alta circulação do vírus no continente também preocupa por estar associada a surtos em países de outras regiões, como Brasil, Canadá e Austrália.

A OMS assinalou que a propagação da doença tem graves consequências para a economia e para a saúde pública e pediu aos países europeus que previnam novos surtos em 2012 com campanhas de vacinação que atinjam adultos e adolescentes - sete em cada dez infectados têm mais de 10 anos.

Nesses grupos a doença tem se propagado com mais facilidade. Recomenda-se a vacinação dos nascidos após 1980 que não foram vacinados ou que ainda não tenham recebido os reforços recomendados.

A França é o país mais afetado, com seis das nove mortes provocadas pela doença. A OMS afirma que as medidas de prevenção devem ser tomadas rapidamente com a chegada da época típica para a transmissão da doença, que acontece entre fevereiro e maio.

O nível de contágio observado este ano na Europa só fica atrás do registrado no mesmo período na República Democrática do Congo (RDC), onde foram registrados 100 mil casos. No entanto, os casos europeus superam amplamente os 15 mil detectados na Nigéria e Somália.

Junto com os casos importados da Ásia, o surto europeu também é responsável pela maioria dos casos nos Estados Unidos, que registrou neste ano o maior número de doentes desde 1996.

Além da imunização dos grupos de risco, a OMS sugere que crianças pequenas que ficam em creches sejam vacinadas aos nove meses de idade, em vez de ao completarem um ano - como se recomenda atualmente.

A organização ressaltou que controlar a propagação da doença custa muito caro, lembrando o exemplo do caso de uma pessoa doente que viajou em 2008 da Suíça aos Estados Unidos e provou sete casos no Arizona. A situação afetou dois hospitais e as medidas de contenção tomadas custaram U$ 800 mil dólares - soma suficiente para comprar 2,5 milhões de doses de vacinas para países em desenvolvimento.