A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o medicamento telaprevir para o tratamento de pacientes com hepatite C crônica. Trata-se de um antiviral da classe dos inibidores de protease, indicado para o tratamento de adultos infectados pelo vírus HVC de genótipo 1, em combinação com outros medicamentos. A droga também já foi aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration) e pela EMA (European Medicines Agency).
Segundo estudos, o remédio reduz pela metade o tempo de tratamento e aumenta em até 79% as taxas de cura quando combinado com a terapia padrão atual.
Em todo o mundo, mais de 170 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus e muitos não sabem que têm a doença. No Brasil, estudos estimam uma prevalência de 1% a 2% da população _algo em torno de dois a quatro milhões de infectados.
O tratamento adequado pode reduzir o risco das complicações da doença, como cirrose e até mesmo tumores.
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sábado, 29 de outubro de 2011
Atenção podemos enxergar Luz no final do tunel....
Novo remédio contra a hepatite C pode aumentar a chance de cura em até 79%
Brasil tem 3 milhões de pessoas infectadas, apenas 10% sabem que estão doente
Agência Brasil
Brasília - Um novo remédio contra a hepatite C deve chegar ao Brasil em outubro. O Incivek, nome comercial do componente telaprevir, pode aumentar a chance de cura em até 79%. A agência de alimentos e medicamentos do Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês) aprovou a nova fórmula na última segunda-feira, 23. O custo da medicação nos EUA varia entre US$ 20 mil e US$ 30 mil. Segundo o presidente da Associação Brasileira de Portadores de Hepatite (ABPH), Humberto Silva, o composto é visto com otimismo.
"Esse remédio vai complementar a esperança de cura dos portadores de hepatite C que há 20 anos vêm se tratando. No Brasil, são 3 milhões de pessoas infectadas, e apenas 10% sabem que estão doentes. É uma coisa assustadora", disse em entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional.
Ao chegar ao país, o medicamento precisará ter o aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para ser comercializado. O Ministério da Saúde ainda não sabe qual será o valor do remédio no mercado nacional ou se o composto será distribuído no Sistema Único de Saúde (SUS).
Além desse medicamento, foi aprovado em maio, o Victrelis, nome comercial do componente boceprevir. É um inibidor de protease - enzima de ligação fundamental para a multiplicação do vírus da hepatite C e age de maneira muito semelhante ao Incivek.
A hepatite C age no organismo por vários anos sem desenvolver qualquer sintoma, até causar a cirrose (falência hepática) e, em outros casos, também o câncer de fígado. E ainda é dividida em quatro tipos de vírus: 1, 2, 3 e 4 - chamados de genótipos. O Incivek vai agir no genótipo 1, que é justamente o mais difícil de tratar, pois é resistente aos remédios que existem.
O presidente da ABPH explica que o tratamento da hepatite traz alguns efeitos indesejáveis. Os cabelos caem, os pacientes sentem dores na cabeça, no corpo. Ele ressalta que o novo medicamento será usado de maneira complementar. "Esse remédio não substitui os já existentes que é o Interferon (injeção semanal) e a Ribavirina (cápsulas diárias). O Incivek são cápsulas diárias, que deverão ser acrescentadas aos dois medicamentos, e tomadas por 12 semanas."
Silva alerta para a importância do teste, que pode ser feito por meio de exames de sangue, ou uma biópsia do fígado. "Pessoas de 30 a 60 anos, pessoas que tiveram transfusão de sangue, que vão muito a dentistas, que possuem tatuagens no corpo, estão no grupo de risco."
Esperança!!!!!
Nova droga para tratamento da hepatite C é aprovada
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária aprovou o medicamento telaprevir para o tratamento de pacientes com hepatite C crônica. Trata-se de um antiviral da classe dos inibidores de protease, indicado para o tratamento de adultos infectados pelo vírus HVC de genótipo 1, em combinação com outros medicamentos. A droga também já foi aprovada pelo FDA (Food and Drug Administration) e pela EMA (European Medicines Agency).
Segundo estudos, o remédio reduz pela metade o tempo de tratamento e aumenta em até 79% as taxas de cura quando combinado com a terapia padrão atual.
Em todo o mundo, mais de 170 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus e muitos não sabem que têm a doença. No Brasil, estudos estimam uma prevalência de 1% a 2% da população _algo em torno de dois a quatro milhões de infectados.
O tratamento adequado pode reduzir o risco das complicações da doença, como cirrose e até mesmo tumores.
Segundo estudos, o remédio reduz pela metade o tempo de tratamento e aumenta em até 79% as taxas de cura quando combinado com a terapia padrão atual.
Em todo o mundo, mais de 170 milhões de pessoas estão infectadas com o vírus e muitos não sabem que têm a doença. No Brasil, estudos estimam uma prevalência de 1% a 2% da população _algo em torno de dois a quatro milhões de infectados.
O tratamento adequado pode reduzir o risco das complicações da doença, como cirrose e até mesmo tumores.
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Dengue x Plano de imunização
País cria plano de imunização contra dengue
18 de outubro de 2011
Ministério da Saúde começa a traçar neste mês uma estratégia nacional de vacinação contra a dengue. A iniciativa antecede em pelo menos dois anos o lançamento da vacina, que está em fase final de testes e deverá ser produzida em larga escala a partir de 2014. O plano passará a ser delineado a partir de uma reunião no próximo dia 26, com a presença de autoridades ministeriais e representantes de todas as instituições que vêm desenvolvendo pesquisas sobre alternativas de imunização contra a doença.O planejamento da vacinação contra dengue inclui decidir quais serão os grupos prioritários a receber a imunização, segundo o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho. “Assim que a vacina começar a ser produzida, provavelmente não será possível vacinar toda a população imediatamente”, adianta ele. Por isso, o Ministério avaliará quais regiões, faixas etárias e grupos populacionais deverão ser considerados prioritários.
O Instituto Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz participarão da reunião do dia 26, na qual apresentarão detalhes sobre a evolução de suas pesquisas. Mas, atualmente, a iniciativa mais avançada é a do laboratório francês Sanofi Pasteur, que iniciou em agosto a última fase de testes no Brasil, em parceria com a Universidade Federal do Espírito Santo(Ufes), como noticiou à época o JT. A empresa prevê o lançamento da vacina para 2014.
O Ministério da Saúde, segundo Coelho, tem boas expectativas quanto aos estudos nacionais, mas adotará a vacina que for lançada primeiro no mercado – provavelmente a da Sanofi Pasteur. “A introdução da vacina é um processo complexo. Por isso faremos uma revisão sistemática de toda a informação sobre a dengue no País”, diz.
A Sanofi Pasteur passou a testar sua vacina nos brasileiros em agosto de 2010, para avaliar a segurança do produto. Na ocasião, receberam a imunização 150 pessoas de 9 a 16 anos de Vitória, no Espírito Santo. Em agosto deste ano começou a última fase da pesquisa, desta vez para verificar se a vacina realmente confere imunidade contra a dengue. Os testes foram iniciados novamente em Vitória, com 750 voluntários. Outras quatro capitais (Campo Grande, Fortaleza, Natal e Goiânia) se preparam para aplicar os testes, totalizando 3,7 mil voluntários.
O estudo da Sanofi não se limita ao Brasil. Ao todo, 45 mil participantes devem receber a vacina em 15 países da América Latina e Ásia. Segundo o diretor regional de pesquisa e desenvolvimento da Sanofi Pasteur, Pedro Garbes, a expectativa é que a vacina atinja uma eficácia de 70% após a aplicação de três doses. O principal desafio é conferir imunidade contra os 4 sorotipos do vírus.
O médico Reynaldo Dietze, diretor do Núcleo de Doenças Infecciosas da Ufes, afirma que todos os voluntários são monitorados durante vários anos após a aplicação da vacina para verificar se houve efeitos colaterais e por quanto tempo os anticorpos continuam ativos no organismo do paciente.
“Risco de epidemia no verão é grande”
Para os próximos meses, a preocupação com relação à dengue tem a ver com a volta ao País do tipo 4 do vírus responsável pela doença. “A maioria da população não tem imunidade contra esse vírus, por isso há grande risco de epidemia no próximo verão”, diz o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho.
Em 2011 o cenário da doença no Brasil foi animador, com redução de 24% dos casos notificados em comparação ao mesmo período de 2010. De acordo com o Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), foram 721.546 casos até o dia 1.º de outubro, em comparação com 944.662 casos entre janeiro e outubro de 2010.
Também houve uma redução de 40% nos casos graves e 25% nos óbitos. “É um fato animador e a gente espera que essa redução se dê de forma sustentável”, diz Coelho.
Na semana passada, o Ministério da Saúde anunciou uma série de medidas para enfrentar a doença, entre elas o aumento de 20% no repasse de recursos para combate à dengue em cidades consideradas prioritárias.
No início do mês, a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo também anunciou medidas antidengue – entre elas o “treinamento express” de funcionários dos serviços de saúde , com aulas compactas, de 15 minutos, em 67 cidades de risco alto para a dengue. Além disso, 700 profissionais da Superintendência de Controle de Endemias (Sucen) serão destacados para acompanhar as visitas dos agentes municipais em busca de criadouros.
Arma transgênica
Em Juazeiro, na Bahia, um projeto científico com mosquitos de laboratório tem sido testado desde fevereiro. O objetivo é avaliar o comportamento do mosquito no meio ambiente, a distância que percorre e a capacidade de sobrevivência. A partir dos resultados, a técnica poderá ser expandida para todo o País.
A espécie transgênica produz filhotes que morrem antes de chegar à vida adulta. Na prática, a ciência patrocina o cruzamento entre os mosquitos, gerando filhotes incapazes de espalhar a dengue. Liberado pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança em dezembro, o trabalho em campo deverá terminar em 2012. O local da experiência foi escolhido pela proximidade com a Biofábrica Moscamed, entidade que já produzia moscas estéreis.
Fonte:Jornal o estado de São Paulo-MARIANA LENHARO
Vacina contra dengue...em fase de estudos clinico
Fiocruz anuncia fase de estudos da vacina contra dengue
Testes começarão nos centros da instituição no Amazonas, Ceará e Bahia
12 de outubro de 2011 | 14h 50
RIO DE JANEIRO - A vacina contra a dengue desenvolvida na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) vai entrar em fase de estudos clínicos e deve ser concluída em quatro ou cinco anos, disse nesta terça-feira, 11, à Agência Efe o diretor de Bio-Manguinhos, unidade de vacinas da Fiocruz, Arthur Couto.
Segundo ele, os testes começarão nos centros da instituição nos estados do Amazonas, Ceará e Bahia.
O pesquisador informou que os estudos "estão muito avançados", mas reconheceu que a farmacêutica francesa Sanofi-Aventis leva vantagem em seu projeto de vacina contra a dengue, que já está na etapa final de desenvolvimento.
"Estamos atingindo os objetivos, mas ainda temos uma caminhada pela frente. Nossa expectativa é chegar ao produto e concluir seu registro em quatro ou cinco anos", disse Couto.
A Fiocruz, que trabalha em colaboração com a multinacional belga GlaxoSmithKline (GSK), pretende desenvolver uma única vacina contra os quatro sorotipos existentes do vírus, de maneira que se possa aplicar em uma só dose para facilitar a logística da distribuição em regiões remotas. Enquanto isso, o Governo apresenta seu plano para combater a dengue na temporada do verão, época de maior contágio.
Dentre as estratégias anunciadas nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde, destaca-se a designação de incentivos financeiros aos municípios que cumprirem os objetivos de prevenção e do acompanhamento epidemiológico com apoio das redes sociais.
"O Ministério da Saúde utilizará todos os meios de informação para antecipar as ações contra a dengue. As redes sociais serão usadas dentro dessa estratégia", disse o ministro Alexandre Padilha em comunicado.
As redes sociais servirão como um sistema de vigilância complementar que alertará a detecção de novos casos por áreas geográficas, permitindo verificar regiões que apresentem um aumento significativo de contágios.
O secretário de Vigilância de Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que o Ministério está lançando uma série de iniciativas centradas no atendimento correto da população. Segundo ele, o Governo pretende incentivar a formação de 66 mil profissionais para melhorar o diagnóstico e o atendimento.
De acordo com o balanço epidemiológico, entre janeiro e setembro de 2011, o número de casos graves foi reduzido em 40% em relação ao mesmo período de 2010. O número de óbitos por causa da dengue diminuiu 25% e o número de casos notificados caiu 24%.
Em 2010, 550 pessoas morreram no Brasil pelo contágio desta doença transmitida pela picada do mosquito "Aedes aegypti", que nos casos mais graves chega a produzir hemorragias internas.
Segundo ele, os testes começarão nos centros da instituição nos estados do Amazonas, Ceará e Bahia.
O pesquisador informou que os estudos "estão muito avançados", mas reconheceu que a farmacêutica francesa Sanofi-Aventis leva vantagem em seu projeto de vacina contra a dengue, que já está na etapa final de desenvolvimento.
"Estamos atingindo os objetivos, mas ainda temos uma caminhada pela frente. Nossa expectativa é chegar ao produto e concluir seu registro em quatro ou cinco anos", disse Couto.
A Fiocruz, que trabalha em colaboração com a multinacional belga GlaxoSmithKline (GSK), pretende desenvolver uma única vacina contra os quatro sorotipos existentes do vírus, de maneira que se possa aplicar em uma só dose para facilitar a logística da distribuição em regiões remotas. Enquanto isso, o Governo apresenta seu plano para combater a dengue na temporada do verão, época de maior contágio.
Dentre as estratégias anunciadas nesta terça-feira pelo Ministério da Saúde, destaca-se a designação de incentivos financeiros aos municípios que cumprirem os objetivos de prevenção e do acompanhamento epidemiológico com apoio das redes sociais.
"O Ministério da Saúde utilizará todos os meios de informação para antecipar as ações contra a dengue. As redes sociais serão usadas dentro dessa estratégia", disse o ministro Alexandre Padilha em comunicado.
As redes sociais servirão como um sistema de vigilância complementar que alertará a detecção de novos casos por áreas geográficas, permitindo verificar regiões que apresentem um aumento significativo de contágios.
O secretário de Vigilância de Saúde, Jarbas Barbosa, afirmou que o Ministério está lançando uma série de iniciativas centradas no atendimento correto da população. Segundo ele, o Governo pretende incentivar a formação de 66 mil profissionais para melhorar o diagnóstico e o atendimento.
De acordo com o balanço epidemiológico, entre janeiro e setembro de 2011, o número de casos graves foi reduzido em 40% em relação ao mesmo período de 2010. O número de óbitos por causa da dengue diminuiu 25% e o número de casos notificados caiu 24%.
Em 2010, 550 pessoas morreram no Brasil pelo contágio desta doença transmitida pela picada do mosquito "Aedes aegypti", que nos casos mais graves chega a produzir hemorragias internas.
sábado, 15 de outubro de 2011
Ministério da Saúde lança programa com o objetivo de conscientizar a população sobre os benefícios da higiene adequada
Campanha incentiva o hábito de lavar as mãos nas escolas
14 de outubro de 2011 | 14h 55
Agência Brasil
BRASÍLIA - Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que a maioria das infecções pode ser prevenida por meio de uma única medida - lavar as mãos sempre e de forma correta. Na véspera do Dia Mundial de Lavar as Mãos, lembrado neste sábado, 15, o Ministério da Saúde lançou a campanha ''Saúde a Gente Também Aprende na Escola - Lave as Mãos com Água e Sabão''.
Divulgação
O hábito de lavar as mãos deve começar a ser ensinado em casa, pelos pais
O objetivo da pasta, que conta com a parceria da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), é conscientizar a população - sobretudo estudantes, professores e funcionários de colégios - sobre os benefícios de higiene adequada das mãos, afastando doenças transmitidas por bactérias, vírus e fungos.
Para o infectologista Mauro Asato, o hábito de lavar as mãos deve começar a ser ensinado em casa. Na escola, entretanto, é preciso que haja um reforço sobre a importância de uma boa higiene.“Com uma lavagem inadequada, eu posso estar carregando algum vírus ou bactéria”, destacou. “Algumas dessas doenças podem apresentar quadros como o de uma gripe ou diarreia, e hepatites virais, além de outras doenças bacterianas”, completou.
Veja abaixo as principais orientações do Ministério da Saúde para lavar as mãos de forma correta:
Molhe as mãos com água e aplique o sabonete;Ensaboe as mãos, esfregando uma na outra;
Esfregue a palma de uma das mãos nas costas da outra, entrelaçando os dedos, e vice-versa;
Entrelace as mãos e esfregue bem os espaços entre os dedos;
Enxague bem as mãos com água;
Seque as mãos com papel toalha e o utilize para fechar a torneira.
A OMS recomenda que o procedimento dure entre 40 e 60 segundos. A torneira deve ficar fechada enquanto as mãos estão sendo ensaboadas.
terça-feira, 11 de outubro de 2011
Bacterias incorporando Arsenio em seu DNA
Silêncio rompido
07/10/2011 08:03 | Autor: Bernardo EstevesA bióloga americana Felisa Wolfe-Simon, autora do famigerado estudo que alegou ter descoberto bactérias capazes de incorporar arsênio ao seu DNA, voltou a falar com a imprensa. No fim de setembro, a revista Popular Science publicou um longo perfil da cientista que reconstitui em minúcias a polêmica gerada pelo trabalho. A leitura do perfil e da sua repercussão na blogosfera dá uma boa medida de para onde vai a publicação científica e a revisão por pares.
Financiada pela Nasa, Wolfe-Simon coordenou o estudo que concluiu que algumas bactérias do lago Mono, na Califórnia, eram capazes de substituir por arsênio o fósforo de suas moléculas de DNA – uma característica jamais observada em outro ser vivo. A descoberta foi anunciada com estardalhaço numa coletiva de imprensa e as “bactérias extraterrestres” viraram trending topic. O estudo da Nasa foi publicado na revista Science, tida em alto conceito pelos cientistas, mas recebeu críticas de pesquisadores e blogueiros. Wolfe-Simon recusou-se a comentar o caso na imprensa ou na blogosfera – disse que só responderia às críticas que fossem submetidas ao processo de revisão usado para avaliar os artigos científicos. Um post publicado em junho discutiu esse episódio.
O perfil publicado pela Popular Science foi escrito pelo jornalista e fotógrafo Tom Clynes, colaborador regular da revista. É um texto de fôlego (35 mil caracteres), com descrições pormenorizadas de cenas e paisagens e personagens com grande densidade psicológica – Felisa Wolfe-Simon, sobretudo. Clynes foi com ela ao lago Mono e visitou as instalações onde foram realizados os experimentos. Ele contou como surgiu a hipótese de substituição do arsênio por fósforo e deu detalhes sobre como foi o processo de revisão pela Science.
Clynes diz no texto que é difícil não ter simpatia por Wolfe-Simon. O retrato que fica é o de uma pesquisadora que foi vítima do circo de mídia montado pela Nasa para divulgar a descoberta e abandonada pela agência espacial após a polêmica. No primeiro semestre, ela foi dispensada do laboratório de Ronald Oremland, que a acolhera e estimulara a investigar sua hipótese. “Ainda acho que a ciência é a coisa mais legal do mundo”, disse ela a Clynes. “Mas é bem possível que minha carreira tenha acabado.”
O blogueiro e jornalista Carl Zimmer, um dos principais críticos da forma como o caso foi conduzido pela Nasa, elogiou a peça de Clynes, mas condenou a forma ligeira com que as críticas ao estudo foram apresentadas. Para ele, quem for traçar o perfil de um cientista não deve se guiar apenas pelos dramas de seus personagens. “Perfis de cientistas são traiçoeiros, porque a ciência transcende qualquer cientista particular”, escreveu. “Para fazer justiça à ciência, você pode ter que afastar o holofote e entrar em coisas menos humanas, como reações químicas e níveis de pH.”
O perfil também mobilizou David Dobbs, outro blogueiro e jornalista. Na primeira leitura do texto, ele teve a impressão de que Clynes compusera um retrato nuançado da bióloga. Ao constatar, nos comentários dos leitores, que muitos enxergavam Felisa Wolfe-Simon como uma rebelde injustiçada, resolveu ler uma segunda vez e mudou de ideia. Lamentou, então, que o texto não estimulasse a reflexão e o ceticismo sobre o caso. “A matéria permite que qualquer conjunto de prejulgamentos ou preconceitos sobreviva após a leitura”, escreveu.
Os dois críticos criticam nominalmente um mesmo trecho da matéria, em que Clynes defende que o artigo deveria, sim, ter sido publicado pela Science, embora admita que possa conter erros. O autor do perfil respondeu prontamente a ambos, e suas mensagens foram reproduzidas por David Dobbs e Carl Zimmer.
Clynes justificou seu ponto de vista na réplica a Dobbs. “O que espero que os leitores guardem da minha reportagem é que, a menos que haja uma grande infração ética, nenhum jovem cientista apaixonado por uma ideia merece ser crucificado por um único fracasso profissional.” E concluiu citando um especialista que ele ouviu no perfil: “Se um artigo é problemático, ele deve ser descartado, mas o cientista, não.”
Os argumentos são legítimos de parte a parte. Clynes poderia, de fato, ter sido menos condescendente com sua perfilada e preencher uma lacuna do perfil – ele não discute o que pode e o que está sendo feito para se confirmar ou refutar a existência das bactérias que metabolizam arsênio. Mas é um texto bem fundamentado e, sobretudo, agradável de se ler. O perfil de Felisa Wolfe-Simon, as críticas feitas a ele e suas réplicas são material rico para refletir sobre a comunicação da ciência hoje.
(foto: U.S. National Archives and Records Administration)
Beleza escondida dos fungos em fotos....
Cientista revela beleza escondida dos fungos em fotos
Imagens ampliadas mostram espécies que parecem alienígenas
07 de outubro de 2011 | 7h 25
O cientista Steven L. Stephenson, da Universidade do Arkansas, nos Estados Unidos, retratou um mundo pouco conhecido, o dos fungos.
"As pessoas não sabem muito sobre o terceiro reino do planeta. Mas os fungos são muito mais interessantes do que a maioria das pessoas percebe", afirmou Stephenson, professor de ciências biológicas da universidade americana.
Em seu livro The Kingdom Fungi: The Biology of Mushrooms Molds and Lichens, Stephenson explica e mostra um pouco mais os fungos, suas formas, o papel na natureza e a influência nos humanos.
"Não se pode fugir dos fungos. Os esporos estão no ar, à sua volta, agora. Mas não os notamos até que eles fazem uma aparição mais óbvia", disse o biólogo.
Esta "aparição" ocorre quando os esporos caem em algum lugar onde possam encontrar alimento, seja um pedaço de madeira apodrecendo na floresta ou o pão esquecido no armário.
Os fungos também tem um papel essencial nos ecossistemas, pois são responsáveis pela decomposição de vegetais e reciclam os nutrientes de volta para o solo, o que permite o crescimento das plantas. Sem eles, as florestas morreriam.
"Se você remover estes fungos, todos os ecossistemas da Terra seriam bem diferentes", disse o cientista. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Hepatite C
28/09/2011-09h49
Metade da população não sabe o que é hepatite C, indica Datafolha
GRACILIANO ROCHA
DE SALVADOR
DE SALVADOR
Os brasileiros sabem pouco sobre hepatite C, apesar de a doença ser responsável por metade dos quadros de cirrose ou câncer que demandam transplantes de fígado.
Pesquisa Datafolha mostra que metade da população (51%) não é capaz de dizer espontaneamente o que é a doença, apesar de reconhecê-la como grave e contagiosa.
Os dados da pesquisa, que ouviu 1.137 pessoas em 11 cidades no mês de julho, foram apresentados na terça-feira, em Salvador, durante o Congresso Brasileiro de Hepatologia. A margem de erro é de três pontos percentuais.
A Sociedade Brasileira de Hepatologia estima que até 2 milhões de brasileiros tenham a doença, mas só 20 mil estão em tratamento.
A pesquisa mostrou outro dado alarmante: 25% dos entrevistados acreditam, equivocadamente, que há vacina contra a hepatite C --e 7% dizem ter sido imunizados.
"As hepatites virais são doenças negligenciadas no Brasil. Precisamos fazer com elas o que foi feito com a Aids. Hoje todo mundo tem informação sobre o HIV", diz o presidente da sociedade, Raymundo Paraná.
DIAGNÓSTICO TARDIO
A hepatite é uma inflamação do fígado, que pode ser causada por vírus, bactérias, abuso de álcool e de medicamentos ou ser hereditária.
Descoberto em 1989, o tipo C é transmitido pelo uso compartilhado de agulhas e seringas contaminadas e em transfusões de sangue.
Se tratada nos estágios iniciais, a doença é curável.
Se tratada nos estágios iniciais, a doença é curável.
Para efeito de comparação, o número de pacientes com cirrose hepática em decorrência de hepatite é duas vezes maior do que o dos que desenvolveram o quadro pelo consumo de álcool.
"Como 80% dos casos não apresentam sintomas, a pessoa não faz exames. Anos depois, temos de cuidar não de uma hepatite, mas de uma lesão séria no fígado", diz o infectologista Fernando Gonçales, da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
A doença representou 70% das mortes entre todos os tipos de hepatites ocorridas nos últimos dez anos no país, ou seja, cerca de 14,9 mil mortes no período, segundo o Ministério da Saúde.
Vacina contra Aids com 90% de eficácia
Pesquisadores desenvolvem vacina contra Aids com 90% de eficácia
28/09/2011-
EFE
Uma equipe de pesquisadores espanhóis criou um protótipo de vacina contra o HIV "muito mais potente" que os desenvolvidos até agora. Os testes conseguiram uma resposta imune para 90% das pessoas sadias que foram expostas ao vírus.
A descoberta foi apresentada nesta quarta-feira em entrevista coletiva pelos responsáveis pela pesquisa, Mariano Esteban, do Centro Nacional de Biotecnologia do Conselho Superior de Pesquisas Científicas da Espanha (CSIC), Felipe García, do Hospital Clínic de Barcelona, e Juan Carlos López Bernaldo de Quirós, do Hospital Gregorio Marañón de Madri.
Após manifestarem uma grande eficácia em ratos e macacos, os testes começaram a ser aplicados em seres humanos há cerca de um ano. Nesta primeira fase, a vacina foi aplicada em 30 pessoas sadias, escolhidas entre 370 voluntários.
Durante o teste, seis pessoas receberam placebo e 24 a vacina. Estas últimas apresentaram "poucos" e "leves" efeitos secundários (cefaleias, dor na zona da injeção e mal-estar geral). Por isso, é possível afirmar que "a vacina é segura para continuar com o desenvolvimento clínico do produto", ressaltou Quirós.
Em 95% dos pacientes, a vacina gerou defesa (normalmente atinge 25%) e, enquanto outras vacinas estimulam células ou anticorpos, este novo protótipo "conseguiu estimular ambos", destacou Felipe García.
Para completar, em 85% dos pacientes as defesas geradas se mantiveram durante pelo menos um ano, "que neste campo significa bastante tempo", acrescentou.
Na próxima etapa, os pesquisadores realizarão um novo teste clínico, desta vez com voluntários infectados pelo HIV. O objetivo é saber se o composto, além de prevenir, pode servir para tratar a doença.
"Já provamos que a vacina pode ser preventiva. Em outubro, vacinaremos pessoas infectadas com HIV para ver se serve para curar. Geralmente, os tratamentos antirretrovirais (combinação de três remédios) devem ser tomados rigorosamente, algo insustentável em lugares tão afetados pela Aids como a África", apontou García.
O protótipo da vacina, batizado como MVA-B, recebe o nome do vírus Vaccinia Modificado Ankara (MVA, na sigla em inglês), um vírus atenuado que serve como modelo na pesquisa de múltiplas vacinas
Até agora, o único teste de vacina contra o HIV que chegou à terceira fase foi realizado na Tailândia. As duas primeiras fases testam a toxicidade do composto e sua eficácia, enquanto a terceira e a quarta examinam a posologia do remédio.
O protótipo da vacina, patenteado pelo CSIC espanhol, está sendo elaborado para combater o subtipo B do vírus da Aids, de maior prevalência na Europa, Estados Unidos, América Central e do Sul, além do Caribe. Na África e Ásia, o vírus mais comum é o subtipo C.
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