Total de visualizações de página

domingo, 29 de janeiro de 2012

Alerta aos Radiologistas.....

A  transmissão  de  doenças  infecciosas  é  possível  em  radiologia  odontológica  por  decorrência  da  contaminação  dos equipamentos radiográficos e do material para tomada e processamento das radiografias intrabucais que, a todo momento, podem  contaminar  as mãos  do operador  e  os  locais  por  ele  tocados.  A  presente  pesquisa  teve  por  objetivo  verificar  a contaminação nas áreas de maior contato entre operadores e  equipamentos radiográficos (que foram subdivididos em locais suspeitos de maior contaminação) utilizados nas clínicas do Departamento de Odontologia da UNITAU. Trezentos e vinte ecinco  amostras  de  locais  diferentes  de  dezessete equipamentos  foram  coletadas  após  procedimentos  rotineiros  de atendimento a pacientes na clínica, utilizando placas Rodac e de Petri com os meios de cultura ágar Sabouraud Dextrose com cloranfenicol, Mitis Salivarius Bacitracina sacarose, ágar Mac Conkey, ágar salgado e ágar sangue, com o objetivo de identificar  diferentes  microrganismos.  Os  resultados  comprovaram  que  os  equipamentos  radiográficos são  igualmente contaminados,  apresentando  índices  de  50%,  em média,  de contaminação  microbiológica,  e  que  a  contaminação  foi
diferente entre  os  grupos  de microrganismos. O maior índice  de contaminação foi  por  Staphylococcus (50%),  o menor índice por Bacilos Gram negativos (6%). Leveduras do gênero Candida e  Estreptococos do grupo mutans apresentaram contaminações equivalentes (30%).
PALAVRAS CHAVE: infecção cruzada, radiologia odontológica, contaminação....

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Alerta aos Profissionais de Saude





Casos de Aids entre idosos dobram em dez anos

RODRIGO MESQUITA
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA

Maria Luísa¹, 78, conta que pegou o vírus da Aids com seu segundo marido - que se tornou soropositivo, segundo ela, durante um caso com outra mulher. Maciel¹, 68, diz que contraiu a doença durante uma relação sexual desprotegida, segundo o próprio.

Os dois fazem parte de uma população que, segundo dados do Ministério da Saúde, está crescendo rapidamente: a de pessoas com mais de 50 anos diagnosticadas com o vírus HIV. Em 2000, 8,64% dos diagnósticos de HIV foram de pessoas nessa faixa etária; em 2010 (até 30 de junho), a fatia chegou a 17,23%.

Para o médico Jean Carlo Gorinchteyn, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, localizado em São Paulo, existem várias possibilidades para explicar o aumento da doença entre os novos velhos. Uma delas seria o fato de a doença ser associada à juventude. "As campanhas publicitárias usam personagens jovens, linguajar jovem, o que faz com que esse público se identifique como um grupo de risco, enquanto os mais velhos se sentem menos vulneráveis." Maciel concorda: "Descuidando, a gente acaba se distraindo e não se prevenindo".

Para Eliana Bataggia Gutierrez, diretora da Casa da Aids da USP, outro motivo responsável pelo aumento de novos velhos com Aids é o crescimento dos diagnósticos tardios. "Provavelmente, uma parte dessas pessoas já tinha a doença e não sabia." Ela também cita o sucesso dos coquetéis de remédios como um motivo, fazendo com que os pacientes em tratamento ultrapassem os 50 anos de idade.

Na instituição dirigida por ela, que abriga 210 pacientes (sendo 7% com mais de 60 anos), as pessoas estão em tratamento há 14 anos, em média. "A maior parte dos nossos pacientes começou a se tratar há dez, quinze anos, quando não havia remédios muito bons."

Tanto Maria Luísa quanto Maciel estão em tratamento há mais de dez anos. "Eu comecei o tratamento na mesma semana do diagnóstico e posso dizer que hoje não estou doente", diz ela, sorrindo. Eles contam que as únicas pessoas que sabem de suas condições são os familiares. "Dos meus amigos, 99% não sabem da minha situação, eu a omito. Se eles não perguntam, eu não vou ficar expondo (a doença) sem haver necessidade", conta Maciel.

Para Gorinchteyn, os novos velhos sofrem duplo preconceito: contra a doença e contra a idade. "Existem até casos de abandono de pacientes, mas estes estão vinculados, principalmente, ao tipo de relação familiar que existia antes da doença."

CUIDADOS

Para os médicos, o tratamento de pessoas acima dos 50 anos, requer cuidados maiores do que em outras faixas etárias.

"O tratamento é realizado com três drogas ou mais, combinadas ou não, que geralmente estão associadas a uma série de efeitos colaterais. E o indivíduo pode ter problemas que foram agravados pela idade, pela Aids ou por outras medicações", explica Gutierrez.

Gorinchteyn acrescenta que certas doenças, como pressão alta, problemas de colesterol e diabetes - as chamadas comorbidades - podem ser agravadas pelo tratamento. Por isso, o tratamento deve envolver as drogas que apresentarem os menores riscos para os pacientes.

Outro problema é o tempo entre a contaminação e a detecção da doença -segundo Gorinchteyn, o intervalo médio entre os pacientes em geral varia entre cinco e dez anos. Gutierrez completa dizendo que uma parte significativa dos pacientes só descobre que tem Aids quando tem a primeira doença oportunista.

É o caso do sarcoma de Kaposi (um tipo de tumor que ataca a pele e órgãos como o pulmão), da tuberculose e da pneumonia. "Na Casa da Aids, a taxa [de pacientes que descobrem a Aids através de doenças oportunistas] é superior a um terço dos casos."

Para Maria Luísa, enquanto a tão sonhada cura não é anunciada, o futuro reserva uma tarefa muito simples: viver. "Eu não tenho medo da morte, mas gosto de viver. E acho que vou sentir saudades do meu povo quando me for."

¹Os nomes foram trocados para preservar a identidade dos pacientes


sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Aumento da AIDS na A.Latina

Contaminação da Aids aumenta por falta de prevenção na América Latina

Segundo Unaids, nº de mortos diminuiu por conta do maior acesso ao tratamento antirretroviral, porém não há tanto investimento nas campanhas para prevenir a disseminação da doença

Para cada pessoa em tratamento temos duas novas infecções. Assim nunca acabaremos com a doença. Claro que é preciso evitar as mortes, mas mais importante ainda é prevenir o contágio", disse nesta quinta-feira à Agência Efe o diretor regional para a América Latina da Unaids, César Núñez.

Dois terços do investimento para combater a epidemia na América Latina são destinados ao tratamento, e o restante à prevenção.

"Além disso, esses programas se dedicam quase que exclusivamente à população mais afetada: homossexuais, prostitutas e usuários de drogas", indicou Núñez.

Para ele, os programas de prevenção deveriam ser mais amplos e abranger todas as pessoas, principalmente os mais jovens, que parecem ter perdido o medo da Aids.

"Segundo a Comissão Econômica Para a América Latina e o Caribe (Cepal), 25% dos partos na América Latina são de menores de 17 anos, o que significa que os jovens fazem sexo sem proteção. Embora seja um dado indireto, nos mostra que eles são passíveis de contaminação. É óbvio que falta informação e educação sexual", explicou.

Estima-se que a cada ano ocorram na região 100 mil novas infecções, e o número de pessoas com o vírus do HIV aumentou de 1,3 milhão em 2001 para 1,5 milhão em 2010.

Desse total, 36% são do sexo feminino, um número que aumentou dramaticamente nos últimos dez anos, já que em 2001 para cada dez homens infectados havia uma mulher.

Uma das razões que explicam esse crescimento da contaminação entre as mulheres é que elas são contaminadas por seus maridos ou parceiros que tiveram relações não seguras com prostitutas, ou em muitos casos, com outros homens,

O principal foco de transmissão na região são os homens que mantêm relações com outros homens sem proteção.

"Na América Latina, o estigma contra os homossexuais permanece. Por isso a prática continua sendo escondida em muitos lugares, e esses homens contaminam suas esposas ou parceiras".

O Panamá e a Nicarágua foram os últimos países latino-americanos a abolirem leis homofóbicas, em 2008. "Mas o estigma social continua, por isso é preciso fazer campanhas que combatam a discriminação, o que ajudará na luta contra a doença", especificou Núñez.

De acordo com os dados disponíveis, entre 3% e 20% dos homens latino-americanos têm relações sexuais com outros homens ao longo de sua vida.

Dependendo do país, entre 32% e 78% dos homens que fazem sexo com outros homens também mantêm relações com mulheres, e entre 1,7% e 41% são casados.

Atualmente, 64% da população infectada têm acesso a tratamento, algo que precisa melhorar, já que em muitos casos "chega tarde demais, quando a doença já se desenvolveu".

Núñez destacou um problema que, apesar de estar melhorando, ainda persiste: a falta de planejamento, que gerou a ausência de remédios em países que inclusive são produtores de genéricos, como o Brasil.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

Revolucionando as campanhas de vacinação....

Pesquisadores do Butantã e da USP testam vacina oral contra hepatite B

Tecnologia poderá ser utilizada com outros tipos de vacina, revolucionando as campanhas de imunização em todo o mundo.
Pesquisadores do Instituto Butantã e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram uma vacina para hepatite B que pode ser consumida por via oral. Os testes em humanos devem começar ainda este ano. A grande esperança é que a tecnologia também funcione com outras vacinas que, por enquanto, só são administradas por injeção.
"Seria uma verdadeira revolução", afirma o pesquisador Osvaldo Augusto Sant’Anna, do Instituto Butantã, órgão ligado à Secretaria de Estado da Saúde. "A cobertura vacinal aumentaria muito, especialmente nos lugares mais pobres e distantes onde é difícil chegar com um profissional de saúde."
Ele recorda o impacto da vacina Sabin, de administração oral, na erradicação da poliomielite. "Poderíamos repetir o mesmo feito com outras doenças", pondera o cientista, que coordena o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Toxinas.
Sant’Anna orgulha-se da simplicidade da ideia que inspirou a nova vacina: utilizar nanotubos de sílica para "proteger" os antígenos (responsáveis pela imunização) do suco gástrico e garantir a eficácia do produto (mais informações nesta página).
A pesquisadora Marcia Fantini, do Laboratório de Cristalografia do Instituto de Física da USP, prepara os nanotubos de sílica que o cientista do Butantã utiliza nos testes com camundongos. A pesquisadora utiliza a nanotecnologia, estudo da manipulação dos materiais na escala molecular. Os nanotubos utilizados na vacina, por exemplo, têm um diâmetro de 8 nanômetros. Cada unidade equivale à bilionésima parte de um metro.
Marcia recorda que a ideia de trabalharem juntos surgiu de diálogos no ônibus fretado que ia de Campinas para São Paulo, em 2001. Por coincidência, os dois pesquisadores viajavam no ônibus com alguma frequência.
"Outros países – como Estados Unidos e China – também pesquisam aplicações médicas para nanotubos de sílica", conta Marcia. "Mas nós fomos os primeiros a patentear o uso dessas estruturas na imunologia."
Empresa. Em 2005, Sant’Anna apresentou resultados preliminares do estudo em um simpósio dentro do Instituto Butantã. A farmacologista Regina Scivoleto, que se aposentara da USP, estava na plateia.
Ao deixar a universidade, Regina tinha uma clara ideia do abismo que separa a pesquisa do desenvolvimento de produtos no País. Por isso, decidiu tornar-se alguém que identifica oportunidades e constrói pontes entre a pesquisa na academia e a indústria. Conversou com o pesquisador do Butantã no fim da palestra e se comprometeu a colocá-lo em contato com o Laboratório Cristália.
O presidente do Cristália, Ogari Pacheco, afirma que a empresa já investiu R$ 30 milhões na pesquisa. "Temos uma particularidade", afirma o empresário, que também é médico. "Além de financiar a pesquisa, também oferecemos conhecimento. Temos pesquisadores da empresa que participam das discussões e do desenvolvimento do produto."
Ele ri ao relatar a surpresa do pesquisador do Butantã quando soube que a empresa financiaria o projeto. "Ele me disse: ‘você é um ET", recorda. "(O cientista) já tinha batido em outras portas antes, sem resultado. Foi o melhor elogio que já recebi até hoje."
Pacheco afirma que já começaram as pesquisas para utilizar a tecnologia em vacinas para outras doenças.
A sílica é um dos compostos mais abundantes da crosta terrestre. Formada pela união do oxigênio e do silício, é usada na fabricação do vidro. Em estudo publicado em 2006 na revista Small, os cientistas já haviam comprovado que a sílica nanoestruturada atuava, em camundongos, como um vigoroso adjuvante – substância que acompanha a vacina para amplificar a resposta do sistema imunológico e, consequentemente, a proteção.

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Novos rumos para imunização contra Hepatite B

SP inicia 'força-tarefa' para vacinar 5,8 milhões contra hepatite B

Vacina passa a ser oferecida pelo SUS às pessoas que possuem entre 25 e 29 anos em todo o Estado

A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo inicia nesta semana uma "força-tarefa" em todo o Estado para imunizar cerca de 5,8 milhões de paulistas contra a hepatite B.

A vacina, que estava disponível até o ano passado para a população desde o nascimento até 24 anos de idade, agora também será oferecida gratuitamente, pelo SUS (Sistema Único de Saúde) às 3,7 milhões de pessoas que possuem entre 25 e 29 anos em todo o Estado (veja abaixo lista por região). Outros 2,1 milhões de paulistas com até 24 anos ainda não completaram o esquema completo de três doses para imunização contra a doença.

O objetivo desta intensificação nos meses de janeiro e fevereiro é aproveitar o período de férias escolares para imunizar a população contra a doença, principalmente os adolescentes com idades entre 15 e 19 anos. Dados da Secretaria apontam que um em cada três paulistas nesta faixa etária ainda não foi imunizado contra a hepatite B, apesar de a vacina estar disponível gratuitamente nos postos de saúde.

Os postos de saúde funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Além da população com até 29 anos de idade, a vacina contra hepatite B está disponível gratuitamente para grupos considerados de risco, como profissionais do sexo, homens que fazem sexo com homens, usuários de drogas injetáveis, manicures, podólogos e profissionais de saúde, entre outros.

Para ficar completamente protegido contra a doença é preciso tomar três doses da vacina. A segunda dose acontece um mês depois da inicial. A terceira, após seis meses. A Secretaria entrou em contato com as administrações municipais para que a vacinação seja reforçada nos próximos dois meses


Destino certo para o lixo hospitalar

    Contêineres com lixo hospitalar retornarão aos EUA no final de janeiro

5 de janeiro de 2012

A devolução dos dois contêineres, retidos no Porto de Suape, em Recife (PE), com cerca de 46 toneladas de material hospitalar usado, para os Estados Unidos foi adiada para o dia 21 de janeiro. É que a empresa Hamburg Süd, responsável pelo transporte do material, solicitou documento da Aduana Americana ou do Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos confirmando que não terão qualquer problema com o retorno da carga aquele país.

A Alfândega do Porto de Suape já solicitou a documentação às autoridades dos Estados Unidos. Entretanto, como a empresa Hamburg Süd terá que enviar a confirmação para a matriz da companhia na Alemanha, o transporte dos containeres só poderá ocorrer no final de janeiro, data em que um navio da Hamburg Süd sai do Porto de Suape direto para os Estados Unidos.

Interdição

O material com lixo hospitalar de origem norte-americana estava interditado no Porto de Suape desde outubro. A empresa “Na Intimidade”, responsável pela importação do material dos Estados Unidos, irá arcar com os custos da devolução.

Fraude

Para fraudar a Alfândega Nacional, a empresa “Na Intimidade” declarou às autoridades brasileiras que importava tecido de algodão com defeito. Entretanto, ficou constatado, após fiscalização da Anvisa, que a importação era referente a lençóis sujos com manchas características de sangue e dejetos biológicos com logomarca de vários hospitais norte-americanos.

Os contêineres foram indicados para inspeção física, após constatação de que o valor declarado pelo importador não era compatível com o volume e o tipo de carga.

Imprensa/Anvisa