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quarta-feira, 9 de novembro de 2011

75% de Efetividade e Cura em teste no II Emilio Ribas....

Novos medicamentos para hepatite C chegam a 75% de efetividade e cura

Redação SRZD | Ciência e Saúde | 09/11/2011 15h38

As duas novas drogas contra a hepatite C que ainda passam por testes no Instituto de Infectologia Emílio Ribas, apresentaram até seis vezes mais eficácia do que os medicamentos usados no tratamento convencional. A Telaprevir e a Boceprevir, recém-aprovadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para a utilização no Brasil, apresentaram bons resultados de cura em aproximadamente 75% dos pacientes que nunca haviam feito algum tipo de tratamento contra a a doença. Com o método tradicional (baseado em Interferon e Ribavirina), a cura chegava, em alguns casos, a 40%.

O resultado positivo às novas drogas foi mais expressivo em pacientes que já haviam feito o tratamento convencional, mas tinham apresentado recaídas. Nesses casos, as novas substâncias alcançaram índice de 88% de cura, ante 15% obtidos com os medicamentos convencionais.

"A eficácia tem se mostrado até mesmo na redução do tempo de tratamento, diminuindo de um ano para a média de nove a 11 meses", diz o médico Roberto Focaccia, responsável pelos estudos. De acordo com ele, dos nove pacientes tratados no Emílio Ribas com o Telaprevir, oito foram curados.

As duas novas drogas ainda não são fornecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A previsão é os novos medicamentos cheguem à rede pública de saúde apenas no segundo semestre de 2012.

Em unidades particulares, o tratamento custa em torno de R$ 9 mil por mês. Segundo Focaccia, há  cerca de três milhões de pacientes no Brasil e as novas drogas trarão benefícios diretos a este grupo , sobretudo quando incluídas no SUS.

Os testes do Emílio Ribas estão sendo feitos paralelamente em alguns outros países, todos sob supervisão da FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora de medicamentos norte-americana.

A hepatite C é uma doença grave, que pode evoluir para o câncer de fígado ou obrigar o paciente a fazer transplante hepático. Ela é transmitida pelo sangue, principalmente por utensílios de uso pessoal, como tesouras, pinças e alicates de unhas. A transmissão sexual não é comum, ainda que possível. Os grupos de maior risco são os pacientes receptores de sangue, usuários de drogas endovenosas, pacientes em hemodiálise e trabalhadores da área de saúde. Entre 1% e 1,5% dos brasileiros são portadores crônicos do vírus causador da doença, o HCV.

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